2°Edição

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                                              Introdução                            


 Eu realmente não acreditava no amor até conhecer você. Não sei que tipo de magia ou bruxaria você fez, mas deu certo. Ele bagunçou meus sentimentos desde o primeiro ''Oi''. Mesmo com o meu jeito estúpido e mandona de ser, ele sempre soube que lá no fundo, naquele coração cheio de mágoa, existia uma gota sequer de amor e esperança de um dia ser feliz. Dizem que teu sorriso é bonito, eu discordo. Teu sorriso é divino, é iluminador, inspira. Na verdade, teu sorriso ilumina qualquer escuridão, assim como ele iluminou o meu coração. Ele me fez voltar a viver, a sorrir. Uma fotógrafa bem sucedida que não acreditava no amor. Assim eu me descreveria. Ele me fez ser uma pessoa melhor, me fez acreditar em mim e a dar valor as coisas simples da vida, pois são estas minúsculas coisas que podem nos fazer felizes um dia. Eu sempre tentei suprir a falta de amor na minha vida com o trabalho. E hoje, quando eu olho pra traz e vejo a pessoa que eu era, agradeço a Deus por ter me colocado na sua vida. E quem eu mais odiava, se tornou inigualável, insubstituível. E se me pedirem um conselho hoje, eu apenas diria: ''Acredite sempre na força do amor.''




                                      Capítulo 1 


- Eu realmente não te entendo Camila, você vive reclamando que está cansada, mais não tira férias porque não quer! — Disse irritado.


- Eu não posso Sérgio, eu tenho mil ensáios importantes para fotografar! Não posso deixar tudo largado assim, e viajar. Chega de falar de mim, temos muito oque fazer hoje. Da um cheky na agenda e vê oque tem pra hoje. 


- Ok então, né. — resmungou. 


Todos os dias era essa correria. Eu sempre sonhei em ser uma fotógrafa bem sucedida, e meu sonho se realizou. Eu Camila, era uma das fotógradas mais disputadas e conhecidas do País. Sempre morei em São Paulo, minha vida está completamente aqui. Eu mal tenho tempo para mim mesma.
Morei sózinha desde os meus 18 anos. Meus pais morreram quando eu tinha 14 anos, em um acidente de carro. A partir dalí, eu me tornei uma pessoa amarga e de mal com a vida. Nunca fui de ter muitos namorados, não gostava de me prender à  ninguém. Minha única amiga, era a minha câmera. Dizem que eu sou polêmica, pois sempre estou nas capas de revistas fazendo algo de errado. Odeio regras, não sigo-as! 


- Ok, vamos começar com as fotos que meu tempo é curto. Quero poses sensuais meninas, vamos! — animou-as.  


Hoje eu fotografaria modelos de uma linha de biquines muito famosa. Isso era comum para mim. No geral, o ensáio demoraria 3 horas com várias pausas. Tive que apressar tudo, pois meu acessor Sérgio, tinha marcado uma reunião com a acessora de um cantor. 


-Tudo pronto? Estamos atrasados Camila!!


- 1 segundo, vou pegar minha bolsa. 


Sérgio tinha marcado essa reunião em um restaurante próximo ao meu estúdio. Eu não fazia ideia da proposta que ela iria me fazer, provavelmente iria implorar para que eu fotografasse alguém não muito importante. Fui por insistência do Sérgio. 


- Oi, desculpa o atrasado. A Camila teve uma sessão até agora foi corrido demais, desculpas mesmo. — Disse Sérgio. 


- Sem problemas! Prazer, Dagmar Alba. — Estendeu a mão para Camila. 


- Prazer, Camila Alverot. — Deu um leve sorriso.


- È uma honra conhecer uma das melhores fotógrafas do Brasil, Camila. — Sorriu. 
- Que isso, gentileza tua. Então Sérgio .. — Mencionou-o para que acabasse logo com aquilo. 


- Então Camila, a Dagmar nos fez uma propósta muito interessante e eu achei que seria legal ela mesmo te explicar. Pode falar Dagmar.. — Sorriu. 


- Então Camila, eu sou acessora do Luan Santana e estamos planejando fazer um filme com a história dele. 


- E oque eu tenho a ver com isso? — Eu sempre odiei esses cantores de modinha. 


- E a gente precisava de uma boa fotógrafa para nos acompanhar nas viagens, pra estar fotografando o dia dele, oque ele faz e tal. Aí me indicaram você! 


- Sem chances!! — Olhei para o Sérgio. 


- Dagmar, 1 segundo. — Sérgio me puxou para fora da mesa. 


- Eu não acredito que você fez eu perder meu tempo, Sérgio!! Você sabe que eu odeio esses cantores idiotas, sempre evito fotografa-los, quanto mais viajar com eles!! Oque você tem na cabeça? Ai, vamos embora agora!! — Disse nervosa, quase gritando.


- Camila, calma!! você nem deixou a acessora dele explicar. Cara, isso vai ser bom para a sua reputação! Você tem que fazer isso, faz um esforço por favor. 


 - Dane-se a minha reputação!! eu não vou fazer isso, pronto, chega. Vamos embora que eu tô cansada? — disse irritada


- Camila, Milazinha, Caca, me escuta: È uma boa oportunidade pra você descansar de fotógrafos, conhecer lugares novos e estar ganhando dinheiro. Não é oque você queria? Cara, com o dinheiro desse trabalho você vai poder finalmente comprar a tua casa em Cancun. Pensa cara, tua reputação vai melhorar demais, você não vai ser apontada como a mal humorada que odeia todo mundo. Camila, por favor... — implorou.


- Ai Sérgio.. — pensou.


- Tô te implorando Camila, não sou de fazer isso. 


- Você sabe que eu odeio esses cantores Sê, não vamos nos dar bem.. 
- Meu amorrrrr, é só fotografar. Só isso. A Dagmar está nos esperando.. — Olhou para ela. 


Eu fiquei pensando por alguns segundos, eu realmente não tinha nada a perder. Era bom pra mim isso. Eu só precisava fotografar, acho que não seria tão dificil suportar esse cantorzinho. 


- Ok. — suspirei e pus a mão na cabeça. 


- Aaaaaaaê! Eu sempre soube que você era inteligênte!!


Enquanto Sérgio fechava contrato com a Dagmar,  eu abaixei a cabeça na mesa e pensava comigo mesma: Oque que eu tô fazendo? 
Pensei em desistir, mais já era muito tarde e eu já tinha dado o meu sim. Depois de horas de conversa, assinamos o contrato e fomos para casa. 


- Vai ser um prazer imenso trabalhar com você Camila!!! Mais uma vez obrigado, esteja pronta segunda-feira bem cedo que iremos te buscar no aeroporto! — Disse animada.


- Ok. — Disse desanimada.


No caminho pra casa, eu vim nervosa com o Sérgio. Eu realmente não estava acreditando que eu iria ter que ficar grudada em um cantorzinho bobo. Eu já tinha ouvido falar dele algumas vezes, mas nunca cheguei a ver uma foto ou ouvir uma musica. Isso não me interessava. Pra mim ele era como todos cantorzinhos que só sabem fazer coraçãozinho, dizer que ama essas pobres adolecentes e blá blá blá. Eu não suportava ver aquelas meninas tão inocentes sendo enganadas por esses cantores que só querem fama e dinheiro. Pra mim isso era o cúmulo!
Cheguei em casa, tomei um belo banho e fui dormir pois estava muito cansada. 
Quando acordei no dia seguinte, estava com uma imensa dor de cabeça. Era sexta-feira, como na segunda-feira eu viajaria, resolvi me dar umas férias. 


- Sê, acordei com uma puta dor de cabeça. Cancela tudo, ok?


- Ok. È bom você descansar mesmo, segunda-feira você viaja né?


- Por favor, não me lembra disso. — Disse desanimada.


- Meu amor, vai ser bom pra você. Você vai ver!! então eu vou trabalhar né, a chefe aqui é você. — Riu. 


- Ta bom Sê, beijos. Te adoro, viu?


- Também te adoro, Caca! Boa viagem segunda, tá? 


- Obrigada, né. —  Riu.


- Beijos!


Ambos desligaram o telefone. 
Esperei a dor de cabeça passar e fui no shopping fazer compras. Descansei muito durante o fim de semana, fui ao cinema, spa, yoga, enfim Segunda-feira! Eu estava leve, totalmente calma. Fazia tanto tempo que eu não fazia aulas de yoga, isso me acalmava completamente. Provavelmente, eu precisaria muito  da minha calma mesmo. O Sê me levou para o aeroporto, eu embarquei para Londrina – PR e a Dagmar foi me buscar no aeroporto de lá.

                                    Capítulo 2 

 - Bem-vinda ao Paraná, Camila!!! Vamos para o hotel? —  Disse animada.

- Vamos. 

Durante o caminho, fomos conversando sobre a vida agitada do Luan que eu ia ter que me acostumar. Pelo vidro da van eu olhava aquela cidade linda,  quase nem prestava atenção na convesa da Dag. Até que chegamos no hotel. Eu usava uma calça jeans colada clara, um scapin preto e uma jaqueta de couro. E a câmera, claro. 

- Vou te apresentar primeiro para a produção e a banda, depois pro Luan ok?

- Tanto faz! — Disse meio arrogante. 

Dagmar conhecia o meu jeito, Sérgio alertou ela. Então ela me apresentou a toda equipe dele, fui muito bem recebida por eles, gostei de todos. Porém, eu não queria estar alí. 

- Vou subir pro meu quarto, ok? Estou um pouco cansada.

- Claro meu amor!!! Você tem que estar pronta ás 16hrs. Temos uma mini coletiva ás 17h.

- Ok. — Chamei o elevador. 

Chegamos no hotel, por volta das 10 horas da manhã. Fui direto pro meu quarto, nem quis conhecer o tal Luan Santana. Nem me interessei. Nem café da manhã eu tomei, simplesmente capotei e só acordei pois o meu celular despertou. Tomei um banho, coloquei uma saia preta bem justa, um casaco de couro vermelho e desci para o lobby do hotel com a minha melhor amiga: a minha câmera.

- Ah, que bom que você é pontual! Você está linda. — Disse a dagmar com um enorme sorriso.

- Obrigada. Vamos? 

- Quer sair sem o artista? O Luan já esta descendo! —  Sorriu

- Ah, é verdade. O Luan. 

Não demorou muito e ele desceu. Eu nunca me interessei por música Sertaneja e também não tinha tempo para ver TV. Talves eu tivésse ouvido a música dele em algum barzinho qualquer, mais foto ou algo assim não. Como ele era lindo, meu Deus. 

- Luan, quero te aprensentar a Camila. Você vai ver a cara dela por um bom tempo! —  Disse a Dagmar

- Pô cara, eu tava ansioso demais para te conhecer! Muito prazer! — Disse animado.

- Oi, eu não estava nem um pouco ansiosa pra te ver. Dá para irmos logo, Dagmar? 

- Claro! — Disse sem graça.

Quando chegamos no local no show, onde aconteceria a coletiva, a Dagmar puxou o Luan de canto e comentou sobre o meu jeito arrogante e estúpido de ser. Pediu para que ele fosse paciênte comigo e para tentarmos ser amigos. O Luan aceitou e disse que tentaria. 

Enfim, começou a coletiva do show e eu comecei a fotografa-lo. Eu realmente não imaginava que ele era tão bonito assim, confesso que me impressionei. Na intrevista ele falava sobre metas, sonhos, conquistas e outras coisas. Eu fotografava escutando com toda atenção. A coletiva demorou 2 horas e ainda haveria o show. A imprensa saiu do camarim e ficou apenas a Dag, Rober e eu. Eu me distânciei um pouco deles, e fui sentar no sofá. Eles ficaram conversando por um tempo, então o Luan se aproximou de mim e sentou.

- Oi. 

- Fala. 

- Acho que começamos meio mal. 

- Qual é a tua? Meu trabalho aqui é só te fotografar, não tenho obrigação de falar contigo.

- Calma, eu só achei que seria legal a gente ter uma amizade...

- Eu não quero nenhum tipo de contato com você a não ser que seja para te fotografar. — Disse arrogante.

- Ih, já vi que você não gosta da minha música. —  riu. 

- Nunca nem ouvi! Eu não gosto mesmo é de você. 

- Uai, oque eu fiz?

- Nasceu! —  Eu sai e deixei ele falando sózinho. Fui para uma área reservada do show e tive que assisti-lo na marra.

 Na verdade, eu até que gostava das músicas dele. Na volta para o hotel, fomos todos juntos dentro da van. Dag, Rober e o Luan ficaram conversando algo. Eu fiquei calada e pensativa olhando da janela aquela cidade divina. Era a noite, chovia muito mas não fazia frio. O clima Europeu de Londrina, me encantou fácil. Quando chegamos no hotel, eu aproveitei que era quase de madrugada e desci para fotografar Londrina. Saí pra fora do hotel, era Natal, por isso tinha muitos pisca-pisca enrolado nas arvores e em todo lugar. Como já era de madrugada, não tinha quase ninguém na rua. Ou seja: Lugar perfeito para fotografar. Eu saí de baixo da chuva mesmo, e quando terminei, estava toda molhada. Mais isso não me importava, eu nunca fui de ligar para oque os outros acham de mim. E alí eu passei a madrugada, me divertindo com a câmera e Londrina.

Mas eu não sabia, que da janela alguém me observava. O Luan dormia tarde e por um acaso ele me viu lá em baixo fotografando. Ficou lá por alguns minutos me observando, tentando desvendar oque eu escondia. Ele não ia desistir tão fácil de se aproximar de mim. 

Depois de um longo tempo lá fora, eu entrei. Tomei um banho e só acordei no dia seguinte. Me levantei e fui para o lobby do hotel.

Tomamos café com a produção e aproveitamos o bom tempo para fazer umas fotos em um riacho próximo dalí. 

- Meu amor, eu e o Rober não podemos ir, temos que resolver uns negócios. O Riacho é super tranqüilo, mas vou mandar o Well ir com vocês. —  Welligton era o segurança do Luan. 

- Tanto faz! 

Não demorou muito e o Luan desceu. No caminho na van, não trocamos uma só palavra. 

Quando chegamos no Riacho, eu fiquei impressionada com tamanha beleza daquele lugar.

- Caramba, que lugar lindo... — Pensei alto.

- È verdade.. — Sorriu.

- Eu não falei com você.

- Mais eu falei com você! Calma, eu não mordo. — Riu

- Mais eu sim! Affe, vamos começar logo?

- Eita muié mandona! Bora! 

Enquanto tiravamos as fotos, o Well se distânciou de nós. Talves ele tivésse saído para espairecer, o lugar era completamente vazio. 

Eu comecei a fazer as fotos do Luan e as vezes pedia para ele fazer poses, caras e bicos. As fotos ficaram incríveis!

- Se apóia na árvore Luan, e fica sério. — Assim ele fez.

Eu não aguentei, começei a rir descontroladamente. 

- Do que você tá rindo? —  Disse o Luan confuso. 

- Dessa sua cara de patéta. Eu disse pra ficar sério! Essa é a sua cara de sério? — continuei rindo. 

- Hãããn, não vi graça. — Disse o Luan.

- Eu vi! —  continuei rindo. - Mais ok, vamos tentar fazer fotos sorrindo, já que você não sabe ficar sério sem parecer um patéta. 

Ele fez um biquinho, mais eu nem liguei e continuei a tirar fotos. 

- Agora sorri. —  Pedi. 

O sorriso dele era perfeito à luz do sol. 

Tiramos algumas fotos e depois ele pediu uma pausa para comer. O Luan foi pra van e eu fiquei um bom tempo fotografando sentada em cima das enormes rochas que tinha em frente ao riacho. 

- Eu queria entender..  

- Ai que susto, garoto!! Como você chega assim do nada, igual fantasma? Eu hein! — briguei. 

- Desculpa, eu não queria te assustar. — Luan sentou em uma pedra do lado da que eu estava. 

- Fala logo! Entender oque? 

- Porque você me odeia tanto, mal deixa eu me dirigir a palavra com você.. 

- Quer saber mesmo? Eu vou te falar! Oque acontece, é que eu odeio esses cantorzinhos iguais a você, que adoram iludir as meninas. Pra quê tanta falsidade? Dizer que ama elas, fazer coraçãozinho, na boa, isso é ridículo! E não cola comigo. 

- Você tem um conceito muito errado sobre mim, Camila. Eu não sou nada disso que você falou! Eu amo de verdade as minhas fãs, sou grato por tudo oque elas fazem por mim. Você tá generalizando, nem todos os cantores são assim. 

- Pode tirar a sua máscara comigo, Luan. Esse papinho de ''sou diferente'',  comigo não cola. Você não ama ninguém, só a sí mesmo e o dinheiro que ganha, iludindo essas pobres adolecentes!!

- Não fala assim comigo, você nem me conhece pra tá me julgando!! Eu amo sim as minhas fãs, amo demais. E você? Não ama ninguém, é uma pessoa de mal com a vida, uma pessoa que não sabe amar. Só sabe criticar, não é amiga de ninguém, só sabe gritar com as pessoas! Isso é falta de Deus no coração!

- Sai daqui garoto!! Se idiota, sai da minha frente agora!! Só veio aqui pra me ofender? Por isso eu te odeio!! Sai daqui!!! — Gritou muito nervosa.

Você tá surdo? Sai daqui, antes que eu perca a cabeça e meta a mão na tua cara!!! — Gritou mais ainda

Oque o Luan disse me deixou completamente nervosa e pensativa. Por um lado ele tava certo, eu não sabia oque era o amor. Mais isso só fez eu odiar ele mais. Como ele teve coragem de falar isso pra mim? Que menino atrevido, idiota! Voltei pro hotel furiosa e ele não falou nada mais no caminho. 

Então chegamos no hotel e descemos da van. Eu desci rapido para ir direto pro meu quarto. 

Então o Luan puxou o meu braço tentando me parar. 

- Espera Camila.

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                           Capítulo 3 
 

- Espera oque garoto, me solta!! Eu já disse que não quero papo com você!

Soltei meu braço e subi andando rapido pro elevador. A Dagmar viu aquela cena, ficou curiosa e foi perguntar pro Luan oque tinha acontecido.
 - Que gritos são esses Luan, oque aconteceu com você e a Camila? — Disse preocupada.

- Não foi nada Dag, eu tive uma discussão com ela.. mais já já passa. Ela é muito mimada.

- Luan, Luan... — Suspirou.

No dia seguinte teriamos show em Maringá e tinhamos que decolar cedo até lá. Me tranquei no meu quarto e fiquei pensando no que o Luan tinha me dito até o dia seguinte. Me arrumei e fui para o lobby do hotel.

- Bom dia Camila!! Dormiu bem? — Disse a Dagmar.

- Bom dia Dag! Mais ou menos, não estou acostumada a viajar tando assim.


- Pois é, não é moleza não. Vamos fazer assim hoje: A gente decola pra Maringá e quando chegarmos lá, eu quero que você faça fotos do Luan dentro do bucuço.

- Bicuço? — Perguntei desentendida.

- Ah, esqueci que você não sabe. — Riu. - O Luan apelidou o jatinho dele de Bicuço.

- Patético.. — Suspirei.

Então fomos de van pro aeroporto com a Dag, Rober e o Luan. Eu não troquei um se quer BOM DIA com ele. Decolamos e pousamos em Maringá. A Dag e o Rober foram pro local do show para resolver as coisas e eu, Luan e Welligton ficamos no aeroporto para tirar as fotos.

- Eu vou tomar um café, por eu sei que isso vai demorar. — Disse o Welligton.

- Ok. — Eu disse.

Tiramos algumas fotos na pista de vôo, para mostrar o ''bicuço'' e o Luan. Depois entramos dentro do jatinho para fotografar lá. Eu e o Luan não trocávamos nenhuma palavra que não fosse sobre as fotos. Ele sentou no banco e eu fiquei agachada para fotografálo melhor.

- Deita no banco e apóia o braço em cima da almofada. — Pedi.

Ele olhava de um jeito estranho, meio sedutor, não sabia se aquilo era pra mim ou para as fotos. Fiquei um pouco constragida em ficar sózinha com ele dentro do jato, mais era meu trabalho, eu tinha que fazer. De repente ele levanta do banco e fecha a porta de saída do avião.

- Queria falar com você antes de irmos, dessa vez você não vai fugir.

- Que isso garoto, vai me estrupar?


- Não seria uma má ideia, porque você é linda. — Riu


- Para de graça, fala logo que eu tenho que ir!

O Luan sentou novamente no banco e bateu com a mão no banco ao lado, como um sinal de ''senta aqui''. Então eu sentei do lado dele e o olhei séria. -
Desculpa pelo oque eu falei ontem, Camila.. eu tava nervoso.


- As pessoas costumam falar verdades quando estão nervosas..


- Mais eu não quis dizer aquilo, é que você .. você me irritou falando que eu não amo as minhas fãs, e .. isso não é verdade. Eu amo elas mais que tudo, elas são a minha base, meu tudo. Oque eu disse foi da boca pra fora, eu não quis dizer aquilo. Na verdade eu acho você a mulher mais incrível que eu já conheci. — Suavemente ele pegou no meu rosto.

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                                      Capítulo 4

- Incrível? Mas você nem me conhece direito..
- Conheço. Mais do que você imagina. 


Eu apenas sorri e deixei ele continuar. 


- Eu sei que você gosta de fotografar lugares onde menos se vê beleza, e quando não tem nada pra fazer, você gosta de olhar para o nada e pensar na vida. As vezes quando você tá fotografando, você pensa alto e fala oque achou da foto. — Sorriu. 


- Jura que eu faço isso? Credo, não acredito.. — Ri


- Faaaz! — Riu. 


- Desculpa por duvidar do seu amor pela suas fãs, Luan. Eu realmente não sabia que era tanto assim. Desculpa? 


- Não esquenta com isso não, passou. 


- Ok.  — Sorri. 


- Teu sorriso é lindo.. 

Eu abaixei a cabeça envergonhada e sorri de canto. Então o Luan levantou minha cabeça bem devagar e me beijou.

Por alguns minutos eu me deixei levar pela delicadeza de seus lábios. O Luan não beijava somente com a boca, sim com o corpo e também com a alma. Meus olhos adormeceram e não queriam mais se abrir. A sintonia de nossos lábios quentes encostando um no outro, me dava uma sensação infinita de paz e preenchimento. Então me dei conta do que estava fazendo e me afastei assustada.



- Não Luan, não... — O olhei assustada. 



- Porque não? Você queria isso e eu também.



- Não... a gente não pode. Você tá louco... 



Saí do jato as pressas e deixei o Luan sentado lá.

Fiquei tão assustada com oque tinha acontecido, que resolvi não ir pro hotel na mesma van que ele. Peguei um taxi as pressas e voltei. Me joguei na cama e susurrei para mim mesma: 
Oque você tá fazendo?


Comecei a pensar naquele beijo, naquele momento..
Uma parte de mim realmente também queria aquilo, mas a outra dizia que eu não podia. — Então alguém bate na porta.

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                               Capítulo 5 

- Sai daqui, Luan...


-Mila, sou eu, Dag. — Abri a porta. 


- Oi Dag, desculpas.


- E aí, minha lindona? Como foi a sessão no bicuço?


- As fotos ficaram divinamente lindas. Vamos publicar algumas hoje?


- È uma boa! Nem vou pedir pra você publicar, porque eu sei que você deve tá cansada. Não parou um segundo de fotografar desde que chegou aqui! Pega a câmera lá. — Riu.
 
- È, hoje eu confesso que trabalhei muito. — Ri e fui pegar a câmera.


- Aqui, ó! — Sorri.


- Obrigada, minha linda. Pode tirar essa noite de folga, tá? O show é só amanhã. Mais esteja pronta amanhã ás 10 horas, o Luan vai fazer fotos para uma revista teen, preciso de você lá.
Pode deixar, Dag! — Fechei a porta e peguei o celular para ligar para um velho amigo convidando-o pra sair.


- Alô, Ro? É a Camila!


- Camila? Que supresa receber sua ligação, minha linda. Que saudades!


- Também tô com saudades. Por isso resolvi te ligar pra gente pegar um cineminha, oque acha? Tô no PR à trabalho, mas me deram a noite de folga hoje.


- È, eu vi em um site de fofocas. Tá trabalhando com aquele tal de... Luan Santana né? 


- Infelizmente. 


- Porque infelizmente?


- Ai, Rô depois eu te conto. Mais e aí, você vem? Diz que sim, por favor! — Riu.


- Eu jamais recusaria um convite de uma mulher tão linda.. — Riu


- Galanteador como sempre, né? Passa aqui as 19hrs, tô no hotel Inter. Você sabe né? Já ficamos aqui algumas vezes.


- Ah sim, sei.. ok.


- Beijo, até já.


- Até! — Ambos desligam o telefone.

Fui tomar um banho e tentar esquecer de tudo oque tinha acontecido hoje. Me arrumei toda, caprichei na roupa, maquiagem e cabelo. E as 19hrs em ponto, eu desci para o lobby do hotel para esperar o Rodrigo. — Sentei no sofá que havia no lobby.

- Nossa, você está linda.. — Me supreende o Luan.


- Ah, é você. — Suspirei entendiada e ele sentou do meu lado.


- Vai sair?


- Não te interessa! — Me levantei do sofá e fui em direção da saída do hotel e encontrei com o Rodrigo. O Luan ficou observando sentando, sem nenhuma reação.


- Oi, Rô!!


- Como você está linda! Que saudades!!


- Eu digo o mesmo, né? Você está muito bem também!!


- Vamos? Aliás, onde você quer ir? — Riu

- Ah, sei lá. Que tal aquele restaurante que a gente sempre jantava, quando trabalhávamos juntos?

- Eu amo aquele restaurante! Vamos! — Rodrigo sempre encantador, abriu a porta do carro para mim entrar.

 - Thanks!

Antes de entrar, olhei para traz pra ver se o Luan estava olhando. E ele estava olhando sério.
A noite foi muito agradável, rimos muito, falamos sobre trabalho, música, enfim. Contei para Rodrigo como o Luan era insuportável, ele riu muito da minha cara.

- Tá pagando seus pecados aturando esse garoto, né?


- Sem sombra de dúvidas! — Ri.


- Mas o cachê é ótimo! E assim que eu me livrar desse pirralho, eu vou tirar férias pra fora do país. Rô, que horas são?


- São... 22:40.


- Tô no horário.. preciso ir, amanhã tem sessão com o Luan.


- Tudo bem, minha linda. Mais já tá nessa intimidade? Luan? — Riu

- hahahaha, besta. 

- Cuidado para esse ódio todo não se transformar em outra coisa, viu? — Falou se levantando da cadeira. 

-Me apaixonar por ele? Você é engraçado, viu! Fica tranqüilo que desse mal eu não sofro. 

-Ai, ai! — Riu. 

O Rodrigo me levou de volta para o hotel e parou em frente para gente se despedir.

- Eu adorei a noite, Rô. Obrigada por tudo.


- Eu adorei também! Quero te ver mais vezes, moça. — Pegou no meu queixo.


- Logo, logo a gente marca de novo ok? Só espera eu me desocupar um pouco. Beijo, meu lindo.

Nos beijamos na bochexa, sai do carro e vi o Luan no Lobby. Tentei passar quase correndo, para que ele não me parasse e nem me fizesse perguntas. A cara dele não era muito boa, subi correndo e fui para o meu quarto. Me troquei, coloquei uma camisola e já estava pronta para dormir.— Alguém bate na porta.

- Ah, oi Luan. Oque você quer? Não acha que já está muito tarde para me pedir fotos?
-Onde você foi?


- Não é da sua conta. A Dag me deu a noite de folga.

-Quem era aquele homem? Porque ele veio aqui? 

- Vem cá, você tá com ciumes? Não te interessa minha vida pessoal, vai cuidar da sua. 

- Ciumes? Eu? É ruim! — Deu risada. 

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                              Capítulo 6 

- Então porque tá falando comigo tão nervoso, fazendo mil perguntas? — Dei risada de canto.

- Por... porque...

- Aham. — Ri.

- Agora me da licença que eu tô cansada e preciso dormir! — Ele já tinha entrado no quarto.
- Não, calma.. eu tenho que te falar uma coisa.

- O que?


- Isso.
Ele tentou me roubar outro beijo, mas eu percebi antes e o empurrei. 

- Vem cá, você tá achando que eu sou oque? Seu atrevido, sai daqui agora!! — Gritei.
- Você quer isso também, eu sinto isso. Não adianta negar. — Me segurou pelos braços.

- Me solta, garoto! Eu não quero nada!! sai daqui, você tá surdo? Já falei duas vezes! — Fui o empurrando pra fora do quarto a força e tranquei a porta.

Naquela hora eu já não tinha mas certeza de nada. Eu estava totalmente confusa, aquele momento dentro do avião com o Luan, me confundiu completamente. E o beijo, nem se fale. Fui tomar banho, coloquei a roupa de dormir e fui deitar nesse intuíto. Mas aquele menino não saia da minha cabeça de jeito nenhum, que diabos ele tinha feito? Era revoltante tentar admitir que ele não saia da minha cabeça. Além do mais eu, tão orgulhosa. Fui dormir com o pensamento no Luan, com o sorriso dele na minha mente e com aquela voz tão encantadora nos ouvidos.
Acordei ás 9 horas da manhã e fui me aprontar. O Luan faria fotos pra uma revista teen, e eu tinha que estar pronta ás 10hrs em ponto. Desci para o Lobby para esperar a Dag, o Rober e o Luan.

- Bom dia, Ca! — Disse o Rober.

- Bom dia Belis, cadê o pessoal? — Eu tinha mania de chamar os outros pelo segundo nome, raramente chamava pelo primeiro.

- Já estão descendo, pode esperar na van se quiser.

- Ok!

Não demorou muito, o Luan e a Dagmar desceram e entraram na van. Eu e o Luan não trocamos uma só palavra, além do Bom dia. Mas ele estava lindo, usava calça jeans apertada, um sapato estilo ''botinha'', blusa xadrez vermelha e um ryban no rosto.
Chegamos no prédio da editora Abril e começaram a entrevistas e as fotos. Eu fiquei o observando de longe, me derretendo naquele jeitinho que só ele tem. Aquele sorriso, ah, aquele sorriso era o meu ponto fraco. Me encantei com seu sorriso, desde que fomos fazer aquelas fotos no riacho. Então eu me peguei me derretendo de novo nele e me dei conta do que estava fazendo.

- Há! — dei risada.

- Que foi? — Disse o Rober.

- Nada, nada.. — Continuei sorrindo. Não acredito que eu tava pensando de novo naquele garoto de novo.

Terminamos as fotos e voltamos pro hotel. Mas tarde, tinha show e tinhamos que estar  lá ás 21h. Almocei dentro do quarto mesmo, estava calor, como não tinha nada pra fazer e ainda estava cedo, fui para piscina. Botei o biquini e a canga por cima. Desci o elevador, entrei na porta que dava acesso à piscina e dei de cara com o Luan sentado, tocando violão.

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